A ALPHAVILLE TEM ROSTO

João Audi, presidente da Alphaville. Sobrenome de carro, modos de motoniveladora

Como eu já havia dito no meu blog particular e nesse endereço aqui - que agora passa a ser o endereço oficial do Movimento em Defesa da Granja Viana - a Alphaville, cujo espírito "empreendedor" nada tem a ver com os ideais de moradia/estilo de vida dos granjeiros, chegou com tudo com uma sanha de devastação e desrespeito à comunidade local sem precedentes. Chegam-nos sinais de que eles agora querem o diálogo conosco depois de terem aproveitado o feriado de 7 de setembro para destruir sem dó o que restava da mata que ainda estava às margens da avenida São Camilo em flagrante desrespeito à legislação ambiental e sem nenhum plano de manejo previamente discutido com quem quer que seja. Chegam para ficar. Chegam para fazer o que quiserem como se o "sagrado" direito de propriedade lhes absolvesse de toda e qualquer barbaridade ambiental que cometem. Esquecem-se os "executivos" e donos dessa incorporadora predadora que a opinião pública está mais do que atenta a empresas politicamente responsáveis , sobretudo na área ambiental. A indignação dos granjeiros não é pequena e mais e mais pessoas da região tem se unido para discutir os meios de ainda impedirmos que esses predadores devastem o pouco que resta de verde para os nossos olhos e pulmões. Ontem na reunião que aconteceu na Fábrica de Pizzas ficou claro que não são poucos os indignados e não serão poucos os que ficarão de braços cruzados. Importante agora também é dar nome aos bois. Saber quem são os predadores. Porque os predadores tem um rosto, não são apenas etéreas pessoas jurídicas. Acima eu homenageio um deles. O tal João Audi que tem sobrenome de carro e parece que espirito de motoniveladora a julgar pelo que anda fazendo na Granja Viana,um dos últimos cinturões verdes ao redor da devastada capital paulistana. Acima coloco a foto do senhor risonho de terno bem cortado que tem levado o sorriso dos nossos semblantes ao implantar a força seu equivocado modelo de urbanismo e desenvolvimento. Convoco a todos para ao olhar a foto lhe dedicarem uma sonora vaia virtual. Abaixo mais detalhes sobre ele e os criadores da tal Alphaville, um alphahorror em nossas vidas, em reportagem assinada pelo meu colega Yan Boechat do jornal VALOR ECONÔMICO.

Valor, Yan Boechat, 14/mar

Pouco mais de um ano após ter pago R$ 228 milhões por 60% das ações da Alphaville Urbanismo, a Gafisa encerrou esta semana o processo de transição no comando da companhia. Na última terça-feira, o ex-presidente da Parmalat Brasil João Audi assumiu o comando da companhia no lugar de Nuno Lopes, único sócio de Renato Albuquerque, fundador da empresa. Agora, Nuno junta-se a Albuquerque no conselho de administração da Alphaville. Ambos estão afastados do comando executivo da empresa criada pelos engenheiros Renato Albuquerque e Yojiro Takaoka há mais de 30 anos.
Nuno, que já embarcou para Portugal, onde pretende lançar uma nova empresa de desenvolvimento imobiliário, e Albuquerque, ainda têm 40% da Alphaville. Pelo acordo, a Gafisa pagará, em 2010, uma parcela de 20% do valor de mercado da empresa no momento e outra parcela de 20% em 2012, seguindo também o valor da empresa como referência. “Espero conseguir recuperar o dinheiro que deixamos de ganhar na venda com a valorização da empresa”, diz Nuno, que não nega que, depois da explosão de preços dos ativos imobiliários do ano passado, se sente arrependido por ter vendido a empresa a um preço avaliado em R$ 380 milhões. “Hoje valeria mais de um bilhão”, afirma ele.
Caberá a João Audi liderar a valorização que os antigos donos da Alphaville esperam. No primeiro ano sob o comando da Gafisa a Alphaville fez lançamentos de R$ 237 milhões. Ao todo, foram colocados no mercado cerca de 1,5 mil lotes No período, a companhia vendeu 634 lotes, o que lhe rendeu R$ 47 milhões.
Por não incorporar imóveis nos terrenos que vende, a Alphaville não pode oferecer crédito do sistema financeiro aos seus compradores. Todos os financiamentos são feitos pela própria Alphaville que, em geral, oferece prazo máximo de 72 meses ao clientes. “Sem dúvida esse é um impeditivo para o crescimento”, diz Audi, que não descarta a possibilidade de a Alphaville começar a incorporar imóveis nos condomínios. “São apenas planos ainda, mas estamos estudando a possibilidade”. Apesar de não querer citar números, o ex-presidente da Parmalat afirmou que a Alphaville vai registrar crescimento expressivo neste ano.
Hoje a Alphaville está presente em 14 estados brasileiros e deve continuar sua expansão regional este ano. O atual banco de terrenos da empresa lhe permite colocar no mercado mais de 20 mil lotes em condomínios urbanizados.

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