MDGV
Julho de 2012
A RESERVA DO MORRO GRANDE
É o nosso tesouro em mata preservada e faz parte da reserva
da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (RBCVSP) criada em 1994 pela UNESCO.
Foi objeto da Palestra de 18 de Junho de 2012 proferida por Dr. Laércio Leite de Camargo ex Secretário de
Meio Ambiente de Cotia e atual coordenador de um projeto que prevê para a
região a implantação de um polo ecoturístico visando sua conservação,
controle e uso pela população .
A
Reserva do Morro Grande, no lado do Caputera, concentra riachos de pedras e
cachoeiras pequenas que formam cenários deslumbrantes. O acesso à região é
controlado pela SABESP.
Localizada entre diversos municípios como Cotia, Vargem Grande Paulista, Embu, a
reserva que tem 10.660
hectares de mata nativa
e preservada é um paraíso ecológico. Historicamente era uma
região de pequenos agricultores e sitiantes que no século XIX produziam
hortaliças e as comercializavam no
Mercado de Pinheiros .
Com o crescimento da demanda de água pela cidade de São
Paulo, O governo do Estado desapropriou
a área e constituiu a Fazenda do Estado por volta de 1912
e
em 1915 com a constituição
da pequena Represa da Graça passou a fornecer
água a São Paulo com uma adutora que até
hoje passa
pelo município de Embu, entra pela cidade
Universitária e vai
até a avenida Paulista .
Em 20 de junho de l981, foi
assinada a Resolução 02 de tombamento da Reserva Florestal do Morro Grande pelo
CONDEPHAAT..
A qualidade da água é excepcional por não haver elementos de
contaminação próximos às nascentes .Com
a crescente demanda é feita a represa Pedro Beicht bem no centro da área como
uma reserva de 14 milhões de m3,
fornecendo água para cerca de 500mil pessoas.
A área é até hoje objeto de estudos de várias universidades
que mapeiam flora, fauna e outras
características do local pelo
projeto BIOTA da Fapesp, que aponta 266 espécies vegetais e cerca de 850
animais. Recentemente, a SABESP participa de gestões e conseguiu o tombamento da
RMG como Reserva da Biosfera, pela inegável importância estratégica em função
de sua biodiversidade e dos mananciais.
Essa Reserva está conectada com a Mata Atlântica da Serra do
Mar embora com cortes importantes como as Rodovias Raposo
Tavares e Régis Bittencourt .
Apesar de sua importância
ambiental, a RMG vem sofrendo destruição
indiscriminada pela ação do homem e por fatores naturais. A
expansão urbana violenta que vem ocorrendo representa
uma ameaça recorrente à circulação das espécies
animais sendo que o confinamento em
pequenos capões de mata podem gerar alterações de DNA em razão do cruzamento
consanguíneo, gerando gens recessivos
e ameaçando as espécies de extinção. Por
outro lado, a malha urbana que vem avançando precisa deixar fragmentos de floresta que são importantes na medida em que
oferecem corredores de ligação entre a
Reserva e a Mata Atlantica – são verdadeiros “corredores de DNA”. Daí a importância da consciência para que
novos empreendimentos com qualquer finalidade
façam existir esses corredores de ligação.
O entorno da Reserva
vem se mantendo por força de algumas leis aprovadas pela municipalidade
de Cotia que vem mantendo o padrão de 300m como lote mínimo e criou a Polícia Ambiental deCotia, para que fique encarregada de manter a área desocupada.
Atualmente no Bairro do Morro Grande algumas casas, uma escola e a Igreja de N.S.
das Graças necessitam de manutenção.
A estrada de ferro Mairinque-Santos cortou a Reserva e trouxe
enormes problemas para a população dada a pouca ou nenhuma consideração que a
ferrovia teve para com a população em seu traçado. Hoje ela vem sendo duplicada por determinação
do Governo Federal e por intervenção de algumas entidades da sociedade civil vem assumindo
compromissos de ações mitigadoras que podem diminuir problemas das comunidades
vizinhas.
Esta matéria foi publicada no Site
da Granja em 27 de Junho de 2012.
AGENDEM-SE PARA NOSSAS
PRÓXIMAS PALESTRAS QUE TÊM SIDO EXTREMAMENTE IMPORTANTES PARA A DISCUSSÃO DE
NOSSA REGIÃO
DIA 16 DE Julho -
Isabela Menezes do Transition Towns da Granja Viana nos conta como foi
sua participação na Rio +20.
Isabela Menezes Arquiteta e urbanista, formada pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro, cursou Educação Gaia
(www.gaiaeducation.org ), curso baseado
em um currículo criado pelo consórcio internacional de educadores conhecidos
como GEESE (Global Educators for Sustainable Earth) que há 11 anos desenvolvem
currículos e cursos em design e desenvolvimento de assentamentos humanos
sustentáveis.
Hoje atua com o
desenvolvimento de projetos de educação para sustentabilidade e
responsabilidade social pelo Instituto CRIS
www.cris.org.br BR e pela Oficina da Sustentabilidade no www.oficinadasustentabilidade.com.br.
É articuladora e facilitadora da rede nacional
do Transition Towns Brasil e uma das
iniciadoras do Movimento do Transition Towns na Granja Viana - SP. www.transitionbrasil.ning.com
Tem uma coluna semanal de videos sobre
sustentabilidade e sensibilização no site de serviços da região da Granja
Viana, grande São Paulo www.granjaviana.com.br
)e participa de um programa de rádio web local chamado "Tudo junto e
misturado".
Palestra Cidade em Transição /
RIO+20
O movimento das Cidades em
Transição (Transition Towns) foi criado pelo inglês Rob Hopkins com o objetivo
de transformar as cidades em modelos sustentáveis, menos dependentes do
petróleo, mais integradas à natureza e mais resistentes a crises externas,
tanto econômicas como ecológicas.
As Iniciativas de Transição criam um processo
promissor que engaja pessoas, comunidades, instituições e cidades para, juntas,
pensarem e implementarem as ações necessárias de curto, médio e longo prazo
para enfrentar as Mudanças Climáticas e o Pico do Petróleo.
Na palestra do dia 16/7/2012, na
Vila da Mata (Av. S. Camilo 288), Isabela também nos dará um apanhado geral de
como foi a Rio+20, na qual esteve presente pela Transitions Towns.
Esperamos a todos sempre na Av.São Camilo 288 às 19:30h.
Agendem-se já para o DIA 20 de Agosto quando Sérgio Reze discorrerá sobre o importante tema
da Raposo Tavares e da participação social nas decisões sobre ela.
Urbanização e Circulação na Raposo Tavares
Veja como foi a audiência em
que se tratou da nossa vida em torno da Raposo Tavares. Note para os seguintes
detalhes:
- o DER considera que o maior problema na Raposo é o excesso de velocidade (tanto que vão colocar radares na pista);
- a CET considera a Raposo uma ótima avenida (tem 3 pistas de cada lado);
- o SPTRANS diz que o METRÔ vai construir um monotrilho de Cotia até a Jorge João Saad (mas o METRÕ não estava lá para confirmar);
- muitas pessoas acham melhor um metrô do que um Monotrilho para ir de Cotia até SP
- pediu-se uma outra Audiência Pública, desta vez em Cotia;
- pediu-se a criação de um Fórum aonde se possa debater assuntos que nos afetam (e que normalmente acontecem sem que se pergunte a nossa vontade);
LINK da AUDIÊNCIA PÚBLICA OCORRIDA EM 19/6/2012 na Câmara dos Vereadores em SP:
http://www.camara.sp.gov.br/index.php?option=com_wrapper&view=wrapper&Itemid=197
- o DER considera que o maior problema na Raposo é o excesso de velocidade (tanto que vão colocar radares na pista);
- a CET considera a Raposo uma ótima avenida (tem 3 pistas de cada lado);
- o SPTRANS diz que o METRÔ vai construir um monotrilho de Cotia até a Jorge João Saad (mas o METRÕ não estava lá para confirmar);
- muitas pessoas acham melhor um metrô do que um Monotrilho para ir de Cotia até SP
- pediu-se uma outra Audiência Pública, desta vez em Cotia;
- pediu-se a criação de um Fórum aonde se possa debater assuntos que nos afetam (e que normalmente acontecem sem que se pergunte a nossa vontade);
LINK da AUDIÊNCIA PÚBLICA OCORRIDA EM 19/6/2012 na Câmara dos Vereadores em SP:
http://www.camara.sp.gov.br/index.php?option=com_wrapper&view=wrapper&Itemid=197
A seguir a carta que protocolamos para
ser lida na audiência assinada pelo arquiteto e urbanista Daniel Nobre :
“São Paulo, 19 de junho de 2012.
Os congestionamentos diários no trecho
urbano da rodovia Raposo Tavares, decorrem do que?
Parece-me que decorrem principalmente
do descontrolado processo de urbanização na região oeste da metrópole (ao longo
dos eixos da Raposo Tavares e da Castello Branco, especialmente Osasco,
Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Barueri, Cotia e Vargem Grande), que coloca nas
rodovias milhares de novos veículos todo ano.
A urbanização dessa região deu-se
primordialmente com o uso habitacional, e é marcada pela falta de planejamento
em relação à infra-estrutura. Não apenas à infra-estrutura de circulação: não
foram criados espaços de trabalho, nem estrutura de abastecimento adequada,
tampouco serviços públicos e privados necessários, que poderiam equilibrar a
oferta de moradia-trabalho na região e ajudariam a diminuir a demanda por
asfalto para deslocar-se para São Paulo.
Do ponto de vista da circulação, a
ausência de intervenções significativas na última década para melhoria do
tráfego na Raposo e nas demais vias estruturais da região é apenas mais um
reflexo da falta de controle e planejamento sobre a urbanização.
Mas.. o que vem antes, o ovo ou a
galinha? Quero dizer, a urbanização ou a infraestrutura?
Na história da metrópole paulistana,
via de regra a urbanização (entendida aqui como a ocupação do território) chega
antes da infraestrutura, contrariando todos os conhecimentos em urbanismo,
engenharia, saúde, economia, sociologia... Os problemas atuais na região oeste
são apenas mais um capítulo dessa história.
Por outro lado, sob o enfoque da busca
pela lucratividade, há uma lógica bastante objetiva nessa história: CRIA-SE O
PROBLEMA, PARA DEPOIS VENDER A SOLUÇÃO.
Seria muita arrogância nossa imaginar que os agentes do mercado imobiliário
ignoram os impactos e consequências da implantação de um condomínio ou edifício
em um lugar sem infraestrutura.O que ocorre hoje na Granja Viana (assim como
ocorreu em Alphaville uma década atrás) é bom exemplo disso. Quando os
moradores da região não aguentam mais o deslocamento diário para trabalho e
serviços em São Paulo, o mercado imobiliário vende para eles, com alta
lucratividade, edifícios e conjuntos comerciais e empresariais, shopping
centers e outros serviços. E as construtoras e empreiteiras, com os agentes
políticos na linha de frente, vendem obras mirabolantes.
É o que parece ocorrer agora na Raposo
Tavares, quando se fala em aumentar o número de faixas, criar um monotrilho,
novos viadutos, etc
Essas obras são importantes e
necessárias. Entretanto, nem é a rodovia a causa dos problemas da região, nem
será a solução. Creio que é preciso avaliar a dinâmica urbana de forma mais
ampla, a partir de seu contexto histórico e a partir de suas várias dimensões,
dentre as quais quero relembrar a ambiental e a social.
E é preciso olhar para o futuro: toda a
região oeste é alvo hoje de pesados investimentos em abastecimento de água e
energia para atender aos projetos do
mercado imobiliário nas próximas décadas. Dentre eles, projetos de instalações
e infra-estrutura logística de âmbito metropolitano, desenvolvidos em parte
pelo governo estadual. (Esses projetos
são escondidos da discussão pública por conta dos enormes impactos
ambientais, por um lado, e por conta da especulação imobiliária, por outro). A
discussão sobre o destino da rodovia Raposo Tavares é apenas uma parte nesses
projetos.
Neste cenário, o que me parece
fundamental discutir é como a
população e o poder público devem ORIENTAR, CONTROLAR E DIRIGIR o mercado
imobiliário, para que ele produza uma urbanização
ambientalmente adequada, socialmente justa, garantindo a qualidade de vida das
pessoas. E, com urgência, discutir se, diante da infraestrutura disponível hoje
e dos impactos ambientais dramáticos para toda a metrópole decorrentes da
urbanização da região, há espaço para mais lançamentos imobiliários na região.”
Carlos
Nobre, secretário de
Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação (MCTI), pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre
Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), assina editorial na edição do dia 15 de
junho da revista Science. Com o título UNsustainable?, no
editorial Nobre aborda as circunstâncias e desafios que envolvem a Conferência
das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (RIO+20), que está sendo
realizada no Rio de Janeiro, e ressalta a necessidade urgente de uma agenda
global para o desenvolvimento sustentável."Precisamos urgentemente de
lideranças corajosas e comprometidas com uma visão de longo prazo para nosso
planeta e sua população", disse. “ O editorial da Science, assinado por Nobre, pode ser
lido na íntegra em www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/science_nobre_2012.pdf. publicado 21/06/2012
Economia
verde X Recursos naturais Lidia Brito, diretora da divisão de Políticas Científicas da
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco),
rejeita a expressão “economia verde”. “Para ser honesta, na Unesco não falamos
em economia verde. Falamos de sociedade verde. Penso que o ceticismo dos
investigadores vem daí: a discussão não é sobre economia. O que temos certeza é
que não é possível falar apenas de um dos blocos do desenvolvimento
sustentável”, disse. “A economia não pode ser discutida sem as questões
sociais, culturais e ambientais. Elas estão interligadas e não podem ser
tratadas de forma independente. Fico satisfeita com os cientistas brasileiros,
que não querem falar apenas em economia. Temos que falar em sociedade verde,
para destacar essa força de mudança”, disse Brito. http://agencia.fapesp.br/15766
Atenção às eleições Municipais
|
Obras e mais obras na São Camilo e em toda a Granja
Estas árvores atrás do muro não mais existem como muitas outras que
vemos desaparecer
Uma mensagem de uma
moradora atenta : Olá pessoal,
“Estou
afastada do grupo, mas estou sempre acompanhando o trabalho incansável de vcs e
qd possível volto a cooperar. Tirei esta foto, um domingo pela manhã, o povo
adora devastar no final de semana, quando estavam tirando as árvores daquele
terreno ao lado do buffet na Av. São Camilo. Pelo menos dá pra ver alguns tipos
de árvores que existiam ali. Usem a foto da forma que julgarem mais adequada.
Coincidências:
Estou procurando um lugar para morar em São Paulo, e por coincidência conversei
com um corretor que naquela semana vendeu um terreno de 4 mil m² na São Camilo
para a construção de um supermercado. Sim,
haverá outro supermercado para concorrer com o Pão de Açucar entre o
Restaurante Tantra e o antigo Adolpho. Ele não soube me informar que
supermercado será, mas fica aqui a informação.
Conversei
também com o pessoal do Gran Jardim, na Av. São Camilo, e me informaram que
aquele terreno ao lado, que pintaram o muro de branco, será feita a ampliação
do Gran Jardim”.
Em resposta a esse protesto a jornalista Fau Barbosa da Assessoria de
Comunicação do Portal Viva respondeu que procurou o Secretario de
Habitação de Cotia quem lhe disse que houve uma consulta da rede
Dia de supermercados, para
desapropriação do tal terreno e que o pedido foi indeferido. E que o próprio
secretário lhe afirmou que a São Camilo
não comporta mais empreendimentos, nem veículos. Está saturada.
Não se esqueçam
Nossa
campanha de coleta de lixo para compor um painel a ser
exposto na Vila da Mata está crescendo!
Envie
também a sua foto ou fotos.... Basta recolher algo que grite à sua frente ,
fotografar e dispor em local adequado.
Vamos voltar a ser crianças e brincar de limpar a
Granja! O bem estar é garantido em vários sentidos!
Envie para heloisareis@globo.com
Visite-nos
em
e compareça às reuniões que normalmente acontecem na primeira e
terceira segundas-feira do mês
A
próxima será do no dia 02 de
Julho na Vila da Mata às 19:30h.
. SAIBA ONDE DENUNCIAR IRREGULARIDADES que afetam nossa região
*COMANDO DE POLICIAMENTO AMBIENTAL
Efetivo:2244
Comandante:
Cel Ronaldo Severo Ramos
Sub-
comandante: Tenente Coronel Antonio
Carlos de Souza
Endereço:Rua
Colônia da Glória, 650 Vila Mariana São Paulo/SP
CEP:
04113-000 Telefone: (011) 5082-3330/5008-2396/2397-2374
E--‐mail:
cpamb@polmil.sp.gov.br
·
Web sites: www.polmil.sp.gov.
*DEPRN Regional Embu
Rua
Nossa Senhora do Rosário 521, Embu (011) 4781--‐3079/6183
Central:
(011)3133‐3804
*CETESB ‐Regional Osasco (011)3683-8977
Central:(011)
3133-3000 e 0800-113560
*SMA Secretaria
do Meio Ambiente (Estado)
Casos
Gerais :Central: (011) 3133--‐3000 /0800--‐113560
Ouvidoria:
(011) 3133-3479 / (011) 3133-3477/ (011)
3133‐3487
Email:ouvidoria@ambiente.sp
Denuncie
e manifeste-se também no Ministério Público
de
São Paulo
Ouvidoria
http://www.mp.sp.gov.br/portal/page/portal/Ouvidoria
Comentários