Godard, o Profeta
Será que existe alguma relação entre o filme "Alphaville" de Jean Luc Godard, feito em 1965 e o condomínio lançado em 1974, que se alastra pelo Brasil afora sem barreiras?
Claro que minha dúvida não é exclusiva, muitos já devem ter feito essa associação. Não é à toa, já que o filme mostra uma sociedade robotizada, onde sensibilidade parece pecado.
O homem é controlado por uma tecnologia massacrante e tem seus gestos, voz e pensamentos controlados por Alpha 60, um computador.
Tudo com muito concreto e nenhum verde.
Alphaville é assim. Não só a de Godard, mas as que surgem por aí.
Estamos sendo engolidos pela voracidade dos empreendedores. Quem os deu esse direito?
Temos sim, nossas vidas monitoradas pelos potentes empreendedores, que além de destruir, autorizam ou não o que a sociedade deve saber.
Se nem o Desembargador conseguiu cessar essa onda depredatória, quem mais então?
Estamos tolidos, assim como nossas árvores, na raíz, no cerne.
Esse Movimento não é contra o Alphaville, que isso fique claro, somos apenas a favor da preservação. E, pelo simples gesto de tentarmos evitar mais destruição, somos taxados de intransigentes, egoístas e mais, muito mais.
Comentários
Ricardo
Das duas uma, ou ele tem uma estratégia surpresa para atender os anseios dos moradores da Granja, ou ele não vai disputar eleição este ano porque em Cotia e na Granja á maioria é Tucana (Carlão ganhou) e por isso deve votar no Serra e nos deputados do PSDB. Mas como fazer isso tendo esses moradores sido abandonados em relação ao caso Alphaville?
Não dá para achar o secretário simpático nem o Governo do Estado verdadeiramente empenhado com a proteção do Meio Ambiente.
Os “tubarões” estão acostumados a caçar oportunidades e de provocar variações e tormentas econômicas mundiais, para estes, se vão os papeis e sobram os dedos, ambientalmente e culturalmente os dedos serão decepados.
A incerta e complicada recuperação ambiental do bioma danificado, na prática, o cenário hipotético das mitigações dos danos, são como as próteses, comprometem a qualidade de vida e diminui a perspectiva de satisfação. A difícil tarefa de adaptação é transferida para o município, sozinho precisa arcar com os altos e prolongados processos de recuperação.
No curto médio prazo, precisamos ficar atentos nas próximas eleições e nas doações de campanha.
No médio prazo, a prudência que também deveria ser bem vinda na área financeira, é indispensável na área ambiental e na preservação do patrimônio cultural local.
No caso de Itapevi, para quem não se preocupa com a questão ambiental, o prejuízo causado pelo descumprimento das leis ambientais veio a galope.
O desmoronamento da estrada SP-29 prejudica também quem se achava protegido das forças da natureza.
Porém, fica uma pergunta:
Esses indivíduos se dão conta de quem vai pagar o prejuízo?
Serão eles próprios e não quem provocou o desastre.
Além dos transtornos, muito dinheiro terá que ser desviado para corrigir o erro provocado por irresponsáveis.